quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Retomando....

Olá pra você que passou por aqui :)

Desde maio de 2015 que não escrevo neste blog :(
Neste tempo, muita coisa aconteceu, e justamente devido às muitas coisas que aconteceram, o perfil deste meu blog talvez ganhe uma nova carinha,  e um novo jeitinho de compartilhar minhas reflexões e experiências pessoais.

Amo escrever; e pegar carona nessa onda da internet foi muito bacana; me realizo um pouco com minhas postagens, e também com meu trabalho de consultoria. Mas, até então, meus textos têm sido um convite à reflexão, uma manifestação ou protesto pessoal sobre algum assunto em voga, ou minhas peraltices caseiras de culinária e artesanato.  
Quando criei este blog, especificamente, minha ideia era escrever sobre  questões filosóficas e emocionais da mulher madura dos dias atuais. Vinha fazendo isto, e alternando postagens entre meus blogs.
Em meados de 2014, num exame de rotina, descobri um mioma do tipo " o mais hemorrágico que  poderia existir"! Com isto, fiz uma anemia gigante, e tive que partir para uma histerectomia o mais rápido possível, pois além de ter minha qualidade de vida totalmente impactada pelas hemorragias, havia um risco real de saúde.

Este mês, completo 01 ano de histerectomia. Tenho percebido que estou vivendo um divisor de águas em minha vida. Por esta razão, senti vontade de mudar o enfoque do blog, de torná-lo mais
interativo, com um toque terapêutico na troca de experiências,.. Algo do gênero...

Como tenho outros blogs e atividades profissionais relacionadas, ainda não consegui me dedicar às mudanças deste aqui, mas o farei assim que puder!

Aguardem...

Um beijo.



domingo, 24 de maio de 2015

Marcas


A diferença entre as esteticamente corrigidas e eu
está no fato de que,  se o tempo nos for generoso,
chegaremos ao mesmo destino temporal,
com o discreto detalhe de que eu,
embora bem marcada,
ainda terei os traços reconhecidos no espelho.

domingo, 8 de março de 2015

Hoje é Dia Internacional da Mulher

De Joanna D 'Arc a Malala, inspiradas por Indiras, Dulces e Terezas, diante de Valeskas e Anitas,  lamentamos por Marillyn e Amy, e nos indignamos com Paula, Suzanne e Graciele, mas lembramos que fomos salvas por Rosa Park , Maria da Penha, Flor de Lis, entre outras.
Aí, eu penso: entre mortos e feridos, ainda podemos fazer coisas extraordinárias!
Nossa visão da espiritualidade pode tornar um gigante vulnerável e um leão inofensivo!
Só não podemos esquecer que os grandes feitos não são necessariamente  episódicos, e que sucesso traz catarse, euforia, mas não agrega sentido às nossas vidas. A grande verdade é que os pequenos milagres e as grandes ações podem ser simplesmente experimentadas na rotina do mundo real. Nossa humanidade é justamente nossa oportunidade de fazer coisas sobrenaturais!
E sobre os "benditos" Direitos iguais, eu acredito que qualquer luta é vã se não partirmos do pressuposto de que comer, beber, trabalhar , passear, estar com aqueles que amamos ou estender a mão a um amigo é tão sagrado quanto qualquer evento religioso. Não importa qual o gênero ou orientação.
Aí, eu afirmo: sim, meninas. Ainda podemos mesmo fazer coisas extraordinárias, e sem perder a docura😜

Para quem ainda não assistiu, deixo a indicação de 03 belos filmes:
1) The City of Joy
2) The Help (Histórias Cruzads) e
3) Um Sonho Possível



#ficaadica

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Espelho, espelho Meu....


Não sei exatamente quando o espelho passou a fazer parte da vida da humanidade, talvez em histórias como das bruxas dos contos de fadas, sei lá; mas no momento em que isto aconteceu, este simples objeto adquiriu proporções que ultrapassam a futilidade.

Lembra da lenda de Narciso?  Conta a lenda que Narciso era um jovem de singular beleza. No dia de seu nascimento, um adivinho profetizou que ele teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Mas seu egoísmo provocou o castigo dos deuses. Ao observar o reflexo de seu rosto nas águas de uma fonte, apaixonou-se pela própria imagem e ficou a contemplá-la até consumir-se. Dizem que no lugar onde ele morreu, nasceu uma flor, que ficou conhecida pelo seu nome: Narciso. Na psicanálise, o termo narcisismo designa a condição mórbida do indivíduo que tem interesse exagerado pelo próprio corpo.

Todos nós, num dado momento, tememos o espelho. Quando jovens, nem tanto, porém, com o passar dos anos, começamos a evitá-lo e, ao mesmo tempo, ainda que disfarçadamente, a sós, parecemos ter certa necessidade de mirá-lo...

O tempo passou, o mundo mudou, e aqui estamos nós, numa complexa relação com o tal espelho. E esta complexidade não se restringe ao físico, à cultura do corpo e suas exigências. Acho que inconscientemente, vivemos alguns conflitos também com um suposto espelho que projeta o invisível de nossa intimidade, nossas frustrações, medos, que nos coloca frente a frente com o irreversível do que nos tornamos ao longo dos anos.

É complicado enxergar-se e reconhecer-se, sem de fato, compreender-se e admirar-se.
Se projetamos nossa imagem e a definimos a partir das relações com as pessoas e circunstâncias, estes (as pessoas e as circunstâncias) supostamente tornam-se nossos espelhos, e nós, espelho dos outros. Pense bem: Nesses relacionamentos espelhados, nos mais variados sentidos, há que se considerar as possíveis distorções, exageros, supervalorizações. Qualquer imagem sofre variações quando passa pelo outro, pelas coisas, e provavelmente comprometerão a reprodução do nosso “eu”. A visão mais confiável seria, então, aquela que não se projeta, mas que se revela na viagem ao centro de si mesmo.

Nossa vida não foi um acidente, por isso, somos mais do que o que nos mostra qualquer espelho.
É bom ter consciência dos caminhos por onde já passamos, onde estamos e até onde pretendemos ir; sentir prazer e ver sentido em cada uma dessas etapas. Saber que o centro do universo não mora no nosso “umbigo” e que a vida e seus reflexos não se limitam a nós.  Se conseguirmos considerar assim,  nossa imagem passa a ser refletida com inteireza, numa constante possibilidade de ver-se, rever-se, reverenciar-se e aperfeiçoar-se, em si, nos outros e em Deus.

Olho para o meu espelho, sei quem sou e reconheço minhas limitações. Não me menosprezo, nem me ensoberbeço, apenas descanso na paz de amar a mim mesma e, assim, ser capaz de amar de verdade o outro.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Rosa ou Flor de Lis...

Qual é mais bela: a rosa ou a Flor de Lis?

Ao contemplarmos o jardim, não somos desafiados a comparações, porque sua beleza se faz na harmonização das diferenças, nos reflexos, na energia luminosa dos processos fotossintéticos peculiares... A beleza está onde deve estar: na contemplação.

Mulheres, a naturalmente bela ou aquela que descobriu seus pontos fortes e aprendeu valorizá-los para tornar seu estilo impecável, ambas são rosas,  tulipas, Hortênsias, flores de Lis... São flores.
Há pouco tempo, as orquídeas bombaram, estiveram na moda; mas nem de longe elas obedecem qualquer padrão. Foi moda, é moda, mas à parte disso, são flores! A variedade - mesmo dentro de uma mesma espécie - é que nos apaixona, traz encantamento, e admiração.

Obviamente que existe uma simetria "x" ou "y" que agrada mais a alguns olhos que outros. Mas isto não padroniza a beleza, apenas ressalta as preferências naturais de diferentes olhares,  da mesmo forma acontece com o  olfato, o paladar, a audição...

A escolha do perfume, do sabor e da canção, inconscientemente, também  nos fala sobre beleza. Sobre a beleza das nossas escolhas, em todos os "sentidos", literalmente.

Mas...
Não há nada de errado em querer estar bonita, desde que não se desperdice energia e se submeta a sacrifícios pessoais para entrar num "paladar" coletivo. Uma coisa é fato: não há esforço que satisfaça as exigências de um padrão de beleza, porque nada que é exigente ou se propõe como padrão consegue ser contemplativo. Não se admira um padrão. Aprova-se. Por isso é interessante refletir sobre o que queremos: Aprovação ou admiração?

A gente precisa entender que moda é circunstancial, estilo é identidade, e beleza é um olhar.
Admire-se, em qualquer circunstância, e em todos os sentidos. Isto é ter estilo!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Ressiginificando A Beleza


Na maturidade, tudo se ressignifica... É inevitável, talvez necessário, talvez natural... Não sei. Mas, enquanto nosso corpo muda, a pele perde tonicidade e o coração deságua, os olhos já não são os mesmos e, consequentemente, a alma e os sentimentos se ajustam, influenciados por tanta mudança.
Aí, chega a hora da gente se "revestir" para encarar esse momento.
Muita coisa vai estar em ebulição. Não adianta ficar esperando que os outros te compreendam, você vai ter que aprender sobre si mesma,  entender o processo e ressignificar  vida, valores, prioridades, e tudo o mais.

Ao envelhecermos, muitas novas terapias começam a se tornar parte de nossa rotina. Desde um óculos de leitura até "o primeiro tranquilizante de baixas doses", se o efeito melhorar sua qualidade de vida, não há motivo para hesitar. Adiar uma solução é postergar o sofrimento, e somar novos conflitos. 

E não tente parar o relógio. Simplesmente não funciona!
Ser moderna não é exagerar na aparência, esconder medos ou artificializar-se para pertencer a um grupo que não nos cabe mais! A mulher tem que ser atual, com todas as suas realidades visíveis e invisíveis. Para ser elegante, há que se ter autenticidade e estar aberta às mudanças - sejam elas quais forem - dentro de um limite natural do tempo, valendo-se na medida certa dos recursos da ciência, tecnologia e do ambiente, sem ferir a alma.

A beleza já não mais terá a ver com "tudo no lugar", mas sim com um lugar e um tempo para tudo.

Descubra-se, e embeleze-se de você!

"Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidade para admirar as partes isoladas" (Seneca)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Vaidade



Deus me livre de uma vaidade desmedida e dormente.

Não esta de uma aparência física agradável diante do espelho, mas aquela que mora no porão, mas dirige todos os andares do ser.
Tudo é vaidade e aflição de espírito, dizia o sábio. E ele tinha razão. É mesmo. E isto é muito, muito traiçoeiro.

É muito triste a gente se dar conta dos próprios defeitos, das falências pessoais, dos medos... Mas, pior que isto, é mascarar, e perder-se em si mesmo. Porque a vaidade faz esse tipo de coisa. Somos levados por nossa ilusão, machucamos gente querida, ficamos sós, e nos descobrimos doentes.
Mas, ainda assim, desconstruir nossa imagem para os outros parece pior. Então, a gente se esconde tanto atrás de falsas aparências, de prazeres momentâneos no lugar da felicidade genuína, que nos perdemos na busca de um sentido pra viver.

Todos os dias, precisamos fugir das ciladas da vaidade.

Se tivermos coragem, encontraremos o sentido, e teremos nossa vida de volta.
Aí, não deixaremos de sofrer os impactos da vida, mas  minimizaremos as aflições, pois saberemos quem somos (com sucessos ou fracassos - transparentes e resolvidos), o que nos move, e para onde estamos caminhando. Os tropeços e as surpresas serão inevitáveis, mas conhecer-se e perceber-se como parte de alguma coisa que faz sentido, nos traz paz, e, aos poucos, nos cura.

Que nossa maquiagem diária seja apenas uma produção de cuidado com a beleza física.
Para o espelho de casa, imagino que não consigamos esconder muita coisa, afinal, ele já viu refletida todas as nossas caras!